Como terminar um relacionamento sem machucar seus filhos?
Sérgio Gonçalo Nunes
• 3 min de leitura
É difícil terminar um relacionamento com alguém sem que seus filhos sejam afetados por essa decisão. Isso ocorre principalmente se a pessoa com quem você gostaria de cortar relações íntimas for um cônjuge que seja o pai biológico ou mesmo substituto dos filhos. Certamente haverá alguma forma de conflito porque os filhos podem ter relacionamentos agradáveis com o pai em questão e terão dificuldade em lidar com a separação de um dos pais.
O segredo para que as crianças não sejam machucadas é que você precisa ser honesto com elas o tempo todo. Esteja em comunicação constante com eles para que saibam como você se sente o tempo todo e como o relacionamento já o está afetando negativamente. Com toda probabilidade, a negatividade pode estar afetando as crianças também. As crianças são criaturas muito sensíveis e, não importa o quanto você tente protegê-las ou protegê-las de eventos negativos, elas sempre terão uma maneira de descobrir a verdade.
Comunicação constante
Estar em comunicação constante com as crianças permitirá que elas entrem em seus pensamentos e sentimentos. Eles também podem dar suas opiniões preciosas a respeito do relacionamento. Os filhos são parte da equação no relacionamento e, portanto, suas opiniões são importantes. Se os filhos perceberem que você já está sofrendo por causa do relacionamento, é bem possível que entendam sua decisão de encerrá-lo.
Outra consideração importante nesta equação é que deve-se providenciar a proteção dos filhos se o parceiro que está sendo mandado embora esteja fadado a se tornar violento. Isso é o que deve estar sempre na cabeça da pessoa que vai encerrar o relacionamento. Os filhos não devem sofrer mais do que já sofreram e, portanto, o pai que vai terminar o relacionamento deve estar preparado para qualquer eventualidade.
Imediatamente pressionado
Quando o pai está pronto para terminar o relacionamento, os filhos já estão cientes do que ele está prestes a fazer. Eles podem não estar aceitando a decisão, mas não são pegos desprevenidos. Eles sabem o que está para acontecer e estão se preparando de uma forma ou de outra. O que é importante novamente aqui é que não haja pressão sobre os filhos dos parceiros para que tomem qualquer decisão imediata sobre com quem ficar ou com quem recorrer após o término do relacionamento. Será injusto para os filhos se forem imediatamente pressionados a escolher entre os parceiros. Além disso, se a parceria for um casamento, um processo de divórcio deverá ser iniciado. Novamente, os filhos devem ser preparados pelos pais para qualquer eventualidade.
Terminar um relacionamento nunca é fácil para qualquer criança. A criança está fadada a sofrer e carregar algum estigma do relacionamento fracassado, mesmo depois que ele acabar. É por meio da comunicação constante e com a orientação dos pais que a criança se prepara física e mentalmente para tais acontecimentos em sua vida.